O objeto de estudo da Sociologia é a sociedade e os fenômenos que nela ocorrem, podendo ser em diferentes organizações humanas, tendo por objetivo provocar reflexões a cerca dos aspectos do nosso cotidiano, como também sobre a complexidade de nossas relações humanas e acima de tudo, desenvolver um olhar sociológico, estimulando o cidadão a se tornar um agente de transformação na sociedade.
Trabalhando a Interdisciplinaridade- Sociologia e Biologia.
Olá, pessoal!
Gostaram do tema abordado, na Atividade Cultural?
Espero que sim!
As Atividades Culturais realizadas nos dias, 20 e 25 de março foram pautadas nas disciplinas de Sociologia e Biologia, trabalhando a interdisciplinaridade.
O assunto levado à vocês, Barragens, Cidadania e Movimento Social, são temas atuais, estão em alta nos jornais ,revistas, redes sociais, t.v., etc. Sabemos que para adquirirmos mais conhecimento, sobre qualquer tema, é necessário estar atento a todas as informações que nos são dada, portanto, a professora de Sociologia, Roseli, trouxe dois links, https://youtu.be/JAvnKzqDsc4, https://youtu.be/wGBcGm64p3Y ,para que vocês possam aprofundar- se em seus estudos.
No dia 08 de março celebra-se o Dia Internacional da Mulher, e a professora Flavia de Sociologia foi convidada a dar um depoimento sobre sua militância em prol das mulheres.
O Movimento Feminista é tema do do 2º ano de Sociologia, onde são estudados os principais movimentos sociais suas bandeiras e reivindicações.
Cristiano Bodart, doutor em Sociologia (USP) Professor do Programa de de Pós-Graduação em Sociologia (Ufal)
Quando comecei a lecionar Sociologia no Ensino Médio já tinha a compreensão de que não me cabia reproduzir fatos históricos, antes evidenciar porquê e para quê eram eles rememorados exaustivamente no interior de um dos principais Aparelhos Ideológicos do Estado: a escola. As contribuições de Foucault haviam me esclarecido as relação existente entre poder, discurso e a “verdade” e desejava que meus alunos também entendessem as relações existentes entre essas três categorias. Tentei chamar atenção para os aspectos e objetivos dos discursos oficiais e como os “narradores legítimos” eram sempre os poderosos. Não sei quantos dos meus alunos compreenderam meus propósitos pedagógicos naquele momento. Ainda que tenha sido poucos, valeu o esforço. Podemos iniciar o processo de conscientização a partir de poucos, desde que se desperte a disposição em colaborar para a conscientização de outros poucos; na esperança de que amanhã seremos uma multidão.
Um pequeno grupo, composto pelos compositores Deivid Domênico, Tomaz Miranda, Mama, Marcio Bola, Ronie Oliveira, Manuela Oiticica e Danilo Firmino, certamente colaboraram para que esse grupo consciente dos perigos da “História única” se ampliasse. Por meio do samba enredo “A história pra ninar gente grande” (2019), esse pequeno grupo – usando a escola (de samba) – trouxe a público reflexões que questionam as “narrativas legítimas”, trazendo à tona outra narrativa: “A história que a história não conta. O avesso do mesmo lugar”. Por certo as contribuições da Sociologia chegaram, em alguma medida, nos morros e no sambódromo. De forma dialética, levaremos para as aulas de Sociologia.
Uma história – não dos heróis brancos e poderosos – foi contada no sambódromo[1], no carnaval de 2019. A escola (de Samba) não instrumentalizada pelo Estado deu voz aos “heróis de barracões”, declarando em bom e alto tom que chegou a vez do Brasil dar voz àqueles que foram calados, que tiveram seu “sangue retinto pisado”.
A voz que se produziu no morro e que chegou ao sambódromo, precisa chegar às aulas de Sociologia. Passados alguns anos e não mais lecionando no Ensino Médio, continuo a acreditar que demonstrar aos alunos as relações entre poder, discurso e a “verdade” seja um caminho promissor para um mundo mais justo e aulas mais comprometidas com a equidade e a liberdade. Sendo assim, vamos levar a voz que ecoou no sambódromo às salas aula. Reflita com seus alunos a letra desse incrível samba enredo. Vamos tirar as poeiras dos porões. Ô abre alas…